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A era dos combustíveis alternativos

por Marketing McFlu | 11/03/2022

Analisadores industriais de hidrocarbonetos

Para quem vive o dia a dia das indústrias, a importância dos combustíveis é incontestável. Utilizado em caldeiras e fornos, com as mais variadas finalidades, o combustível é necessário para que todo o processo industrial aconteça. E é por ser tão essencial que ele está sempre no centro do debate ambiental.

Com os combustíveis fósseis ainda sendo os mais utilizados nas indústrias e, em contrapartida, uma demanda cada vez maior pelo desenvolvimento sustentável, com combustíveis de origem renovável e com menos potencial poluente, surgem novas alternativas para geração de calor e energia nas indústrias.

Analisadores de Gases Industriais e combustíveis Alternativos

Os combustíveis alternativos podem ser o futuro dos processos de produção. Mas quais são eles? Quais os impactos dessa substituição? Vamos entender um pouco mais.

Os combustíveis fósseis são resultado da decomposição de seres vivos (daí o nome) e são bastante conhecidos, seja pela utilização industrial ou no dia a dia, nos automóveis, por exemplo. São eles: os derivados do petróleo – gasolina, diesel, gás de cozinha… entre outros -, o carvão mineral e o gás natural.

Um dos principais problemas econômicos da dependência desse tipo de combustível é que o processo de decomposição, para que eles cheguem até a forma que utilizamos, leva milhares de anos. Então, se levarmos em conta a vida humana (de muitas gerações), podemos considerar que essa não é uma fonte renovável de energia, por mais que geologicamente falando ele seja renovável.

Porém, o principal ponto de atenção, que já tem reflexo direto no nosso dia a dia e futuro, é a questão ambiental. A queima de combustíveis fósseis libera na atmosfera uma quantidade enorme de CO2, além de outros metais pesados, que tem relação direta com o aquecimento global.

Muito se fala sobre o efeito estufa e sobre como os combustíveis causam esse fenômeno. Essa é uma meia verdade, mas a gravidade é sim alta. Explicamos: Na verdade o efeito estufa é um fenômeno natural e essencial para a manutenção da vida na Terra.

Vamos pensar em uma estufa de plantas: ela é transparente, para que os raios solares possam entrar, mas como possuem barreiras físicas, o calor não consegue se dissipar completamente. Então o calor fica concentrado dentro daquela área para que as plantas possam crescer.

O efeito estufa tem basicamente o mesmo princípio: naturalmente uma série de gases presentes na nossa atmosfera fazem uma barreira, para que o calor que vem do sol não seja perdido, aquecendo assim o planeta e tornando a Terra um lugar com boas condições para que nós e todos os seres vivos possamos sobreviver.

O problema da emissão de CO2 e metais pesados na atmosfera, como acontece com a queima desenfreada de combustíveis fósseis, é que esses gases se acumulam junto aos demais já presentes na atmosfera e transformam essa estufa natural em uma super estufa, que fica mais próxima da superfície do planeta, e eleva muito a temperatura. Passamos, assim, de manutenção de temperatura para superaquecimento.

Vale ressaltar que qualquer processo de queima, inclusive a nossa respiração, gera CO2. Mas a diferença entre a fonte de CO2 “renovável” e a fonte de CO2 “não renovável” é:

Como petróleo, o CO2 foi armazenado debaixo da terra e estava quietinho lá, como se a natureza estivesse “escondendo” o problema: “E o que eu faço com isso? Ah, vou varrer ali pra debaixo daquela caverna e depois eu vejo como aproveito toda essa gosma!” 

Ou seja, como óleo o carbono fica retido e não é liberado na atmosfera, a menos, obviamente, que seja queimado, o que libera uma enorme quantidade de carbono que estava armazenado e em estado líquido de alta viscosidade, o que significa muitas moléculas juntas. 

Já a fonte renovável, como o álcool, o biogás entre outras, são fontes de CO2 que “estão presentes na atmosfera” e respeitam o ciclo do carbono. Quando queimadas, liberam este CO2 que já estava por aqui… ou seja, o carbono já estava “em circulação”, era uma planta, um açúcar ou qualquer outro animal ou objeto; mas estava aqui.

Os combustíveis alternativos

É pensando em como amenizar os efeitos negativos da queima de derivados de petróleo e carvão que os combustíveis alternativos são desenvolvidos.

Já falamos anteriormente aqui sobre a possibilidade de utilização do Hidrogênio Verde como fonte de energia limpa para as indústrias. Ele é considerado o caminho para um futuro com menores emissões de carbono. No entanto, o uso de H2 como combustível limpo corresponde a apenas 1% da produção global.

Leia também: O hidrogênio verde pode ajudar a alcançar um futuro de energia segura e acessível

Analisadores de Gases Industriais e combustíveis Alternativos

Um combustível muito conhecido que não é fóssil é o etanol. Apesar de não ser energia limpa, ele é menos nocivo do que a gasolina e o diesel, por exemplo. Atualmente, como todos sabem, é muito utilizado em automóveis e pesquisadores brasileiros estão constantemente em busca de novas matérias-primas para uma fabricação cada vez mais barata e renovável. Hoje é produzido, majoritariamente, de cana-de-açúcar, mas pode ser também extraído de beterraba, milho, soja e outros grãos.

Porém, ele tem desvantagens e a necessidade de uma área muito grande de cultivo é uma delas. Apesar de reduzir em mais de 80% as emissões de CO2, em comparação com os fósseis, o etanol demanda uma área para plantação que, além de poder ser responsável pelo desmatamento, poderia ser utilizada para outras finalidades, como agricultura.

O mesmo ocorre com o biodiesel, que é derivado do girassol, da mamona ou da soja. Fabricado a partir da extração da glicerina de óleos vegetais, ele resulta em uma fonte bem mais limpa de energia, com redução de poluentes e resíduos biodegradáveis. É uma excelente substituição para o diesel, mas acaba esbarrando na mesma desvantagem do etanol: a área de cultivo.

Outro combustível muito comentado é a biomassa. Com a biomassa o calor é produzido por meio da queima de resíduos de matéria orgânica (incluindo o resíduo de cana, por exemplo). São inúmeras as possibilidades de matéria utilizada, por isso a “fabricação” da biomassa é mais barata. Além disso, a queima da biomassa tem como resultado a produção de derivados como óleos vegetais e biogás. Uma desvantagem é o armazenamento dos sólidos que serão utilizados para a queima. A biomassa ocupa mais espaço físico que outros combustíveis, demandando adaptações estruturais.

Falando em biogás, ele é um combustível alternativo também, que tem capacidade de produzir calor e energia em substituição dos combustíveis fósseis. Porém, apesar do baixo potencial poluente, ele demanda – além do espaço físico para armazenamento da biomassa – um processo de fermentação específico, que pede um controle de umidade e temperatura bastante rigoroso.

Mas ele possui uma série de vantagens! Principalmente pelo reuso de todos os desperdícios e dejetos humanos, acelerando as transformações do nosso “lixo” em metano e outros gases combustíveis.

Com projetos bem estruturados, o uso de biogás pode fomentar a coleta seletiva, apropriação adequada de esgotos e uma série de outros benefícios, além de potencializar a reciclagem (já que plástico, metais e vidros “atrapalham o processo produtivo”).

Esses são só alguns dos combustíveis alternativos hoje disponíveis no mercado. Existem, ainda, uma infinidade de estudos para que novas opções sejam lançadas. A verdade é que estamos na era dos combustíveis alternativos e que as indústrias precisarão se adaptar para que possam realizar seus processos de maneira mais sustentável.

Para que possam usufruir de uma fonte mais limpa de energia, as indústrias precisam, desde já, entender quais equipamentos serão necessários para a utilização de novos combustíveis, quais tipos de alterações de estrutura e qual combustível é o mais adequado para o processo de produção.

Análises de Gases Industriais e combustíveis Alternativos

Um primeiro passo, é a análise criteriosa dos processos que envolvem combustão e emissões para evitar desperdícios e maximizar a eficiência da unidade. A McFlu conta com tecnologia e pessoal capacitado para realizar esse trabalho analítico e auxiliar as indústrias a detectarem seus principais pontos de atenção e determinarem quais ações imediatas podem – e devem – ser feitas para a redução de gases poluentes.

Além disso, auxiliamos no processo de controle de umidade e geração de CH4, entre outros gases para a fabricação do biogás e do biometano. Com a expertise da McFlu podemos monitorar diversos dos processos de fabricação, desde o tanque de armazenamento e coleta primário, flare de segurança (onde monitoramos para controle ambiental), produção e armazenagem do produto final (controle de processos e segurança).

O momento dos combustíveis alternativos é agora! Conte com a gente!

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